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Segundo semestre de 2022: Inadimplência, taxa de desemprego e inflação

Estamos no mês de junho, quase encerrando o primeiro semestre do ano, e dentro do contexto econômico, tenho três pontos que devem ser observados: análise mais criteriosa para evitar a inadimplência; a redução da taxa de desemprego no país; e a perspectiva de contenção da inflação.

A inadimplência cresceu, substancialmente, no setor do fomento. Isso se dá, evidentemente, pela dificuldade da retomada econômica, o aumento do custo do dinheiro e a ampliação da taxa de juros. O que muitos especialistas da área econômica apontam é que a inadimplência no país, atualmente, tem características bem diferentes daquelas que eram vistas no ano de 2020, quando o mundo todo sofreu com o início de uma crise gerada em função da disseminação de um novo vírus. Na época, falei muito sobre isso em inúmeras entrevistas que concedi aos meios de comunicação de todo Estado do Rio Grande do Sul, acerca dos incentivos do Governo Federal, no início e durante o auge da pandemia, aos empresários. Esses estímulos auxiliaram para que a crise na economia não fosse ainda maior. Traçando um paralelo de como estava em 2020 e de como está hoje, 2022: no mês de junho de 2020, a Selic estava na mínima histórica de 2,25% ao ano, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor-Amplo (IPCA), no acumulado de 12 meses, era 2,13%. Hoje, a taxa básica de juros é 11,75% ao ano, enquanto a inflação dos últimos 12 meses chegou a 11,30%.

Para o segundo semestre já há uma estimativa de que o Brasil venha a crescer próximo a 2%, ou seja, a economia começa dar sinais de reaquecimento. Um indício forte, nesse sentido, é a redução da taxa de desemprego para 10,5%. Esse dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que a fila do desemprego no Brasil diminuiu desde o início deste ano de 2022 e a taxa oficial caiu para o menor nível desde 2016.

Além disso, há uma perspectiva de que a inflação passe a ser contida. Isso indicará uma redução do custo do dinheiro com a suspensão de novos aumentos. Estima-se que o Banco Central, o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve mais um ponto a taxa, mas depois sinalize com a curva descendente no que diz respeito à taxa de juros. Dinheiro mais barato no mercado é dinheiro mais disponível. Contida a inflação, os meios de produção começam novamente a voltar ao estágio que estavam antes da pandemia.Com base em tudo isso, gostaria de finalizar este artigo, fazendo três recomendações: foco muito grande na oportunidade; atenção muito grande na concessão de crédito; e uma visão importante nas novas ferramentas tecnológicas, que acabam gerando aceleração e facilitação de acesso ao crédito, mas sempre com muita cautela, com muita observância para que não se crie riscos ou se comprometa as carteiras existentes.

alexandre

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