Non notification factoring, factoring oculto ou simplesmente duplicata comissária
2024-08-28 17:26:20Por Alexandre Fuchs das Neves
A modalidade de operação de factoring (compra de recebíveis) tem o mesmo objetivo do factoring convencional, mas na esteira da cobrança o cessionário não aparece, sendo uma modalidade amplamente usada na Europa.
Os critérios para a operação sem notificação podem incluir:
• Alto crédito
• Alto crédito ao cliente
• Risco mínimo de falência
• Histórico de números confiáveis de contas a receber (> 1 ano)
• Empresa em operação há mais de 2 anos
• Faturamento elevado
• Uso de uma Escrow Account
• Uma boa política de KYC
• Verificação da quantidade de parceiros financeiros envolvidos na operação – quanto mais parceiros, maior o risco
Os clientes do cessionário permanecem alheios ao negócio ocorrido, relacionando-se diretamente com o cedente.
Embora geralmente não seja o caso, alguns clientes podem ficar cautelosos em lidar com terceiros, resultando em um processo de transição difícil.
A operação sem notificação reduz o atrito sentido pelos seus clientes, pois remove a necessidade de seus clientes se comunicarem com a empresa cessionária.
Devido a essa falta de contato, a experiência do cliente deve permanecer imaculada
Mas a duplicata comissária é um bom negócio?
A resposta é clara: depende da degradação moral do cedente.
Temos muitos mais casos de operações boas que operações onde o cedente se apropria indevidamente dos nossos recursos, praticando alguns delitos, desde a apropriação indébita até, porque não, a lavagem de dinheiro.
Diz-se lavagem de dinheiro na etapa da reciclagem, ou seja, quando o recurso que veio de uma atividade delitiva (apropriação indébita) mistura-se com recursos de operações regulares da empresa, sendo por vezes impossível de separar recursos saudáveis dos recursos obtidos pela apropriação indébita.
Outros problemas podem ocorrer, como por coincidência na data do pagamento o cedente sofrer uma penhora on line do recurso, e já tivemos casos desses.
Mas o que importa é, realmente, a degradação moral do cedente, onde quiçá pelos padrões culturais, sejam diferentes entre o Brasil e a Europa, restando para nós um número muito maior de casos de apropriação dos valores oriundos da comissária, também chamada de operação sem confirmação.
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