Comitê de enfrentamento aos impactos do covid-19 informa
2020-03-25 15:17:02O SINFAC RS desde o início desse processo que tende a mitigar muito nossa carteira de negócios e levar, de igual forma, o Brasil para uma crise profunda, tem buscado orientar sua base atentando exatamente para o problema liquidação/prorrogação, inadimplência e estratégias para novas concessões de crédito.
Primeiro ponto importante é saber de onde vem o pedido de prorrogação. Obrigatoriamente deve vir do Sacado. Prorrogação solicitada pelo cedente deve ser analisada de forma detalhada, pois em se tratando de mercadoria entregue, o cedente não tem mais disposição desses ativos, que agora são da empresa de fomento comercial.
Segundo, avaliar se não é mais adequado deixar vencido para tentar ajustar uma negociação na retomada dos negócios.
Terceiro, fazer um controle efetivo no volume diário da inadimplência, e verificar os setores que estão dando causa, para avaliar o problema futuro.
Na medida dos índices de Inadimplência, medidos de sexta até agora, verificamos que os números estão muito parecidos. O grau de liquidação no dia de ontem ficou na ordem de 88% e hoje, uma redução para a ordem de 75%, considerando esse volume para empresas que atendem preponderantemente a indústria.
Esses números tendem a aumentar por uma razão óbvia, não há consumo, não há demanda.
A avaliação deve ser diária.
Nesse momento estima-se uma perda de 30% das carteiras do setor, sendo este número, neste momento, vinculado com a estimativa de que teremos uma paralisação por até 20 dias, contados da última sexta-feira.
Esse índice poder ser confirmado no final de 2020, quando poderemos ter uma extensão geral dos danos.
Empresas fomentadora que possuem capital próprio, ou seja, não estão alavancadas, terão uma retomada mais rápida, na medida em que haverá uma redução substancial de crédito no setor.
Aguardamos políticas estatais mais enérgicas, em especial para o setor produtivo, auxiliando na retomada da economia.
Por fim, não podemos acreditar, ao menos neste instante, uma paralização de 60 dias. Os efeitos seriam catastróficos para a malha negocial do Brasil, que levará a um empobrecimento em massa.
O SINFAC RS, a partir de seu comitê de crise, começará a produzir orientação a partir dos movimentos que forem acontecendo, pois o cenário é dinâmico e muda a todo o momento.
Por enquanto, a equação que se impõe é o controle diário da inadimplência, dos setores que estão ocorrendo e dos cuidados com quem pede a prorrogação.
Ao dispor.
Comitê de enfrentamento da Crise Covid 19
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